Pesquisa Nibelung´s Alliance

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Brindes Cerimoniais no Odinismo




Olá a todos os nossos leitores no meu ultimo post “Musica Era Viking” deixei algumas observações sobre alguns registros vou falar especificamente hoje sobre um fato decorrente do registro de Prisco:

“Prisco, um embaixador dos bizantinos, visitou a corte de Átila, o Huno em 448 e descrito nesta passagem conta a forma como ele estava presente em uma grande festa dada pelos hunos. A poesia descrita nesta passagem foi provavelmente semelhante à música germânica para comemorações. Na festa de Átila lemos de duas skalds que contaram as façanhas dos presentes e tão comovente eram suas canções, que os ouvintes desabaram em lágrimas. Nas festas escandinavas que acompanham o blót ou sacrifícios, era costume de beber o minni , um brinde de recordação, e no início dos Minni-brindes, dizem-nos, também receberam cantos de e heróis, pessoas e atos.”

Aqui é mencionado o “Minni” um entre outros brindes cerimônias, os quais irei explicar melhor hoje. Muitos conhecem o termo “Libação” o ato de oferendar alguma bebida aos Deuses enchendo o chifre de beber e derramando parte da bebida em honra aos Deuses em seguida beber o resto do chifre, mas conhecem os brindes cerimônias? Existem diversos brindes cerimoniais e suas ordens especificas, abaixo uma tabela para simplificar a ordem dos Brindes.

O Brinde em honra aos Deuses era dividido em duas etapas o Til Sigr (“Vitória”) e Til Àrs ok Friðr (“Bons anos de paz”) e segundo a Heimkringla Saga primeiro o Góði abençoava a todas as taças e o alimento do sacrifício e então realizavam os brindes.

Til Sigr (“Vitória”): Brinde realizado em honra de Oðinn principalmente durante o Yule para vitória.

Til Àrs ok Friðr (“Bons anos de paz”): Snorri relata na Ynglinga Saga que o sacrifício chamado Til Àrs (bons anos) era feito no começo do inverno para se ter bons anos. A hákan Saga Góða afirma que Til Àrs ok Friðr (bons anos de paz) era o brinde feito em honra a Njörd e Freyr para se ter bons anos de paz. 



 Bragafull (“Copo do Chefe”): A Yglinga Saga relata que o Bragafull era uma enorme tigela onde um homem coletava a bebida com um chifre e prometia fazer grandes proezas e depois de feito um juramento solene ele bebia o chifre. A Fargskinna faz uma descrição do Bragafull. O primeiro brinde cerimonial era feito pelo maior personagem da tribodepois em honra a Þórr e aos Deuses, depois o Bragafull era enchido e trazido para o banquete para se fazer os juramentos. A Hervarar Saga conta que Hjövadir filho de Arngrím, dedicou seu Bragafull para Ingibjorg, a princesa da Suécia, prometendo se casar com ela.
É Provável que essa prática esteja relacionada com Brági, o Deus da poesia, porém Bragi também é um dos nomes de Oðinn e devido ao contexto e o brinde em nome de conquista é mais provável associação a Þórr.

Minni (“Brinde da Lembrança”): Brinde realizado em honra aos amigos que partiram, antepassados e os grandes heróis da tribo. Esses são os Brindes Cerimônias realizados em grandes banquetes e principais ritos. Há ainda outros itens ligados ao assunto como o Brinde “Máttr ok Megin”.

 Máttr ok Megin (“Poder e Força”): era uma formula usa para batalha quando alguém confiava em sua própria força e poder, enchia um cifre e depois dedicava um brinde em honra a Þórr e bebia fazendo o sinal do martelo.

 
Outra curiosidade pertinente ao assunto é a palavra Alu (“cerveja”) que aparece em inscrições rúnicas e parece estar relacionada as bebidas ritualísticas. Espero que todos tenham apreciado este post e que tenham lhes ajudado.


Hagl Æsene og Vanene!

2 comentários:

  1. Extraordinário artigo eu realmente nunca tinha ouvido falar de tais brindes cerimoniais. Excelente!

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  2. Gostando muito do trabalho de vocês ótimo blog!!

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